CONCEIÇÃO LEITE - "Memórias de Uma Vida"
Doce recanto
Dos tempos idos eu sinto saudades
E uma angústia me invade o ser
Foi um tempo de felicidade
Hoje nada para mim, causa prazer
Já possui um lar, já fui feliz
A natureza era um poema santo
Um grupo destacava-se amoroso
Eram meus filhos, com seu doce encanto
A casa branca a beira do caminho
Era o asilo de amor e poesia
Eram risos que se abriam como flores
Que o edílio cantava noite e dia
O sol poente ainda lançada um raio
Acendia-se ali uma fogueira
Festejandos-e o São João
Com foguinhos e outras brincadeiras
No recanto da sala um belo altar
Reunidos fazíamos oração
Recordar o passado e reviver
Uma vida repleta de ilusão
Procuro despertar meu pensamento
Mas a recordação em mim persiste
Dos meus filhos que se encontram tão distante
Do meu esposo que não mais existe
Ah! se pudesse voltar aqueles tempos
Afastar de mim essa melancolia
Num reflexo de felicidade
Bem alegre e feliz me sentiria.
pág. 81
Inexplicável amor
Causou-me surpresa até espanto
A primeira vez que o encontrei
No local onde trabalhava
Suas maneiras observei
Afável, cortês e delicado
Jovial, desembaraçado
Parei um pouco
O fitei
Relativamente naquele instante me apaixonei
Será isso uma loucura?
Gostar de uma criatura?
O amor nasce não se sabe como
Na mente eu via aquele homem
Elegantemente vestido
Uma jaqueta usada lá no Sul
Um terno cinza, gravata azul
Confesso não era o tipo que eu gostava
Sua voz era deslumbrante
Porte garboso, elegante... ao ver tudo isso
Eu o amava
Devia o esquecer
Tudo era ilusão
Voltar aos velhos tempos
Que tentação!
Porque assim acontecia?
Pensar ao contrário
Deveria
Procuro esquecer
Para não sofrer
Um dia de saudades
até morrer!!!
pág. 73
Coisas do passado
Eu quisera ser como o passarinho
Que voa ledo pelo firmamento
Num canto cheio de harmonia
Cortando os ares e vencendo o vento
Possuir asas para no momento
Na minha terra feliz eu me encontrar
Rever aquela gente que lá deixei
Os entes queridos eu abraçar
Não sei se é sonho ou pesadelo
Tenhos os olhos, vejo-os ao meu lado
Uma lágrima na face vem rolar
Relembrando as coisas do passado
Realizei meu sonho desejado
Procuro a paz e a felicidade
Com ansiedade aguardo uma cartinha
Para mantar um pouco essa saudade.
pág. 9
Dos tempos idos eu sinto saudades
E uma angústia me invade o ser
Foi um tempo de felicidade
Hoje nada para mim, causa prazer
Já possui um lar, já fui feliz
A natureza era um poema santo
Um grupo destacava-se amoroso
Eram meus filhos, com seu doce encanto
A casa branca a beira do caminho
Era o asilo de amor e poesia
Eram risos que se abriam como flores
Que o edílio cantava noite e dia
O sol poente ainda lançada um raio
Acendia-se ali uma fogueira
Festejandos-e o São João
Com foguinhos e outras brincadeiras
No recanto da sala um belo altar
Reunidos fazíamos oração
Recordar o passado e reviver
Uma vida repleta de ilusão
Procuro despertar meu pensamento
Mas a recordação em mim persiste
Dos meus filhos que se encontram tão distante
Do meu esposo que não mais existe
Ah! se pudesse voltar aqueles tempos
Afastar de mim essa melancolia
Num reflexo de felicidade
Bem alegre e feliz me sentiria.
pág. 81
Inexplicável amor
Causou-me surpresa até espanto
A primeira vez que o encontrei
No local onde trabalhava
Suas maneiras observei
Afável, cortês e delicado
Jovial, desembaraçado
Parei um pouco
O fitei
Relativamente naquele instante me apaixonei
Será isso uma loucura?
Gostar de uma criatura?
O amor nasce não se sabe como
Na mente eu via aquele homem
Elegantemente vestido
Uma jaqueta usada lá no Sul
Um terno cinza, gravata azul
Confesso não era o tipo que eu gostava
Sua voz era deslumbrante
Porte garboso, elegante... ao ver tudo isso
Eu o amava
Devia o esquecer
Tudo era ilusão
Voltar aos velhos tempos
Que tentação!
Porque assim acontecia?
Pensar ao contrário
Deveria
Procuro esquecer
Para não sofrer
Um dia de saudades
até morrer!!!
pág. 73
Coisas do passado
Eu quisera ser como o passarinho
Que voa ledo pelo firmamento
Num canto cheio de harmonia
Cortando os ares e vencendo o vento
Possuir asas para no momento
Na minha terra feliz eu me encontrar
Rever aquela gente que lá deixei
Os entes queridos eu abraçar
Não sei se é sonho ou pesadelo
Tenhos os olhos, vejo-os ao meu lado
Uma lágrima na face vem rolar
Relembrando as coisas do passado
Realizei meu sonho desejado
Procuro a paz e a felicidade
Com ansiedade aguardo uma cartinha
Para mantar um pouco essa saudade.
pág. 9
conheci dona Conceição soube que ela faleceu. não sabia que ela escrevia tão bem. tomei muitos cafezinhos em sua compaia. pessoa de Deus. saudades...
ResponderExcluirEla (D. Conceição) lançou até um livro, entitulado: Memórias de uma vida, em comemoração aos seus 90 anos de idade.
ResponderExcluirTornando-se "IMORTAL", pois, há quem diga "que um poeta nunca morre".
Agradecemos a visita ao blogger e volte sempre com comentários, sugestões e/ou críticas.
Minha bisavó querida!!! Saudades...
ResponderExcluirNão é pq ela é minha Bisavó, mas não tem quem fale da História dessa cidade e deixa de lembrar da grande mulher que "Vovó Ção" foi. Essa ficou na nossa memória pra sempre, pense numa pessoa que todos gostavam e lembrem de Conceição Leite, pois era assim que ela é lembrada por suas qualidade.
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